Como doula, terapeuta e educadora perinatal, acompanho mulheres que estão se preparando para gestar e durante todo ciclo gravídico-puerperal, integrando evidências científicas com os saberes e técnicas da parteria tradicional e terapias integrativas. Ofereço suporte no preparo físico, emocional e informativo para gestantes e casais durante o período da gestação, parto e pós-parto. Trabalho para que as mulheres exerçam sua autonomia, protagonismo e tenham um parto respeitoso. Ofereço orientações sobre fisiologia, fases do trabalho de parto e cuidados no pós-parto. Oriento e colaboro com a elaboração do plano de parto com consciência dos direitos, desejos e possibilidades.
Doulagem
Me tornar doula foi um caminho escolhido dentro da militância e ampliação dos cuidados terapêuticos que ofereço para mulheres. E antes de me tornar doula de parto, acompanhava mulheres que buscavam ajuda com seus ciclos, que desejavam engravidar ou com questões para serem cuidadas no pós-parto e puerpério, mulheres que buscavam contorno e apoio após a transição para a maternidade. Mulheres que após o puerpério desejavam resgatar a relação com seu feminino, com a mulher, profissional, artista …
Também foi uma oportunidade de acompanhar o nascimento do meu sobrinho neto, e prestar assistência a uma mulher da minha família e consequentemente mudar o padrão da minha linhagem de parir sem apoio.
Doular ajudou a me curar e ressignificar as referências negativas relacionadas à maternidade e me ensinou sobre a potência e importância da maternidade consciente… Antes disso, desde a adolescência sempre fui uma militante pelo que direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, doular e prestar serviços para mulheres em suas diferentes fases e para mim militância, por todas nós, pelas mulheres que vieram antes e por todas as crianças que vão nascer, e por uma cultura matrística.
A figura contemporânea da doula evoca a centralidade do papel historicamente desempenhado pelas mulheres nos assuntos relacionados à gravidez, ao parto e ao pós-parto, papel que se expressa no idioma do cuidado e que, no mundo ocidental, foi suplantado pelos homens somente em meados do século XX.
Infelizmente muitas mulheres que conheço se tornaram doulas após experiências traumáticas relacionadas à gestação, parto e puerpério, depois de descobrirem que para parir naturalmente e protagonizar o seu próprio parto é preciso estudar muito, lutar para receber uma assistência respeitosa e que ter uma doula faz toda a diferença. Essas mulheres encontraram na doulagem, um caminho para compartilhar com outras mulheres aprendizados que possam minimizar os danos relacionados à falta de informação e tentar evitar marcas profundas em todos os níveis, físico, emocional, psicológico… E descobrem também como oferecer o acolhimento e apoio que não tiveram em seus processos.
Ser doula significa estudar MUITO sobre vários assuntos, se dedicar e fazer muitas formações para prestar assistência, é estar antenada nas evidências científicas, entendendo o que é lei, ética, violência obstétrica, racismo obstétrico e qual o papel dos profissionais de saúde. A formação de doula é uma formação política e uma oportunidade de resgatar saberes tradicionais e ancestrais femininos que se perderam com a dominação masculina no cenário obstétrico, com a domesticação e controle sobre os corpos femininos.
Outros mergulhos e aprofundamentos no gestar, parir e maternar
serviços independentes * consultar
Movimento e consciência corporal
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